sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

18 de dezembro: dia da doula

Olá pessoas!!! O dia amanheceu mais lindo aqui no Brasil, pois comemoramos o dia da doula e não poderia deixar de homenagear esse lindo dom que tem ajudado tantas mulheres!!!

Em outros posts já falei o que é a doula e suas funções, mas se você não lembra ou não viu, clique aqui: Doula: Mulher que serve a outra mulher!!!

Hoje venho parabenizar todas as doulas do nosso País por todo amor, luta, compromisso e dedicação!!!

Assista a esse lindo vídeo e sinta toda a ternura que o trabalho da doula transmite:


Uma doula está a serviço de uma outra mulher,
emocionalmente acompanha o processo de gestação:
pré-natal, parto e pós-parto, para viver uma maternidade plena e consciente;
Uma doula é entrega e amor puro;
Uma doula acompanha e aceita sem julgar;
Uma doula fornece informações valiosas;
Uma doula respeita a intimidade, é palavra e é silêncio... é paciência
Uma doula registra cada olhar, cada palavra, cada riso e cada lagrima;
Uma doula fornece bem-estar para todas as necessidades;
Uma doula confia na natureza de toda mulher;
Uma mulher que se sente acompanhada, enriquece cada fase da sua maternidade, permitindo reduzir intervenções e invasões desnecessárias;
Uma doula cria uma rede de mulheres para viver  um pós-parto acompanhado;
Uma doula sabe que nascer e dar a luz são instancias transformadoras e instauradoras de paz e amor;
Uma doula Cuida e protege a verdade, abrangendo todo o ambiente para capacitar a mãe e o novo ser a se tornarem sementes de amor;

PARABÉNS DOULAS!!!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Entendendo a microcefalia!!!

Diante do surto de microcefalia que estamos vivendo, vim falar um pouco sobre esta alteração e sua relação com o zica vírus!!!


O que é a microcefalia?
A microcefalia é uma condição em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental. Geralmente, a microcefalia está presente quando o tamanho da cabeça de uma criança com um ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isto ocorre porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça normalmente.

O que pode causar a microcefalia?

A Microcefalia pode ser de causa primária ou genética que refere-se a um grupo de distúrbios que geralmente não tem outras malformações ou está associada a algumas síndromes genéticas específicas, tais como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards, Síndrome de Cri-duchat, entre outras. O crescimento do cérebro é lento e o peso do cérebro adulto não passa de 500 a 800 gramas, sendo que o peso normal é de 1.200 a 1.500 gramas. também pode estar associada a causas secundárias ou não-genéticas (Microcefalia por Cranioestenose), resultantes de um grande número de agentes nocivos que atingem o feto intra-útero, principalmente acometendo a mãe no primeiro trimestre de gestação. Pode-se citar como exemplos as seguintes condições: uso de drogas (medicamentos e álcool), desnutrição materna, infecções (rubéola, toxoplasmose, varicela), insuficiência placentária e exposição à radiação. É caracterizada pela fusão prematura das suturas cranianas ocorrendo antes de encerrar o crescimento cerebral, impedindo expansão e deformando a caixa craniana. Além disso, nos momentos em que se tem o processo mais rápido de crescimento cerebral, ou seja, durante o período pós-parto indo até os dois primeiros anos de vida, a microcefalia pode ocorrer devido aos seguintes fatores como hipóxia grave, traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular cerebral e distúrbios degenerativos do sistema nervoso central.

Como diagnosticar a microcefalia?

O diagnóstico pode ser feito durante a gestação, através da ultrassom, e pode ser confirmado logo após o parto através da medição do tamanho da cabeça do bebê.  Ao nascer o perímetro cefálico varia de 33 a 37 cm, com média de 35 cm. Exames como tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas possíveis consequências para o desenvolvimento do bebê.

Existe tratamento para microcefalia?

O tratamento da microcefalia não cura a doença, porém ajuda a reduzir as consequências no desenvolvimento mental da criança.Uma das possibilidade de tratamento é fazer uma cirurgia para separar ligeiramente os ossos do crânio, nos 2 primeiros meses de vida, para evitar a compressão do cérebro que impede seu crescimento.
Em geral, não há tratamento específico para microcefalia. O tratamento é sintomático e de suporte. É importante que as anomalias congênitas associadas sejam identificadas e ainda é de vital importância que se determine a causa específica desta desordem.
Realizando os seguintes procedimentos é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes: 
  • Procedimentos fisioterapêuticos
  • Medicamentos indicados para cada caso (ex: anticonvulsivante)
  • Cuidados com patologias associadas
  • Dieta adequada
  • Aconselhamento genético aos pais.

Quais as consequências da microcefalia?

As crianças com microcefalia podem ter graves consequências como:
  • Atraso mental;
  • Déficit intelectual;
  • Paralisia;
  • Convulsões;
  • Epilepsia;
  • Autismo;
  • Rigidez dos músculos.
Qual a relação do vírus da Zika com a microcefalia?

Assim como o vírus da dengue, o zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e não tem cura ou vacina identificada até o momento. A relação entre o zika vírus e a má-formação genética ganhou força porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da infecção durante a gravidez e carregam bebês com microcefalia confirmada. Por se tratar de uma infecção viral, pode atravessar a barreira placentária como aconteceu com essas gestantes já confirmadas. A correlação entre a microcefalia e a zika é quase certa, mas ainda não se pode dar certeza.
É a primeira vez no mundo que essa hipótese é levantada, não havendo estudos confirmados, por isso a investigação está sendo minuciosa!!!
O Ministério da Saúde orienta que grávidas ou mulheres que pretendem engravidar tenham “cuidado redobrado” para evitar infecções virais.
As grávidas devem evitar contato com infecções, de qualquer tipo. Havendo qualquer suspeita, que se evite o contato com pacientes infectados e com os mosquitos transmissores de dengue e zika. 
Até o momento, não há nenhum tipo de tratamento disponível para a fase aguda da infecção por zika vírus, que dura cerca de três dias. Os principais sintomas são febre baixa e manchas pelo corpo (exantema). Caso a relação do vírus com a anomalia na gravidez seja confirmada, o ministério afirma que vai “trabalhar ainda mais na prevenção e no combate ao mosquito transmissor”.

O maior risco para a gestante e seu bebê se dá nos 3 primeiros meses de gestação, onde o feto está em formação inicial! A decisão de engravidar neste momento deve levar em conta a vontade da mulher e do casal e a situação do vírus no país, segundo os especialistas. O controle de risco deve ser feito de forma individual e, se a mulher engravidar, tem que fazer as medidas de proteção até mesmo nas áreas de surto. 


Como evitar o zika vírus?
Enquanto é investigado, é nossa obrigação, enquanto sociedade, que façamos a nossa parte e cuidemos dos nossos quintais, jardins, psicinas, pneus..enfim..aquela velha história que há alguns anos já é propagada. Se não fizermos a nossa parte, como não estamos fazendo, o mosquito não será combatido nunca!!!
Segue abaixo algumas dicas para evitar o vírus e consequentemente a contaminação:
  • Evite a proliferação do mosquito em casa: 

    Retire o excesso de água dos vasos com plantas e evite acumular garrafas, copos e pneus no quintal. Esses objetos facilmente acumulam água da chuva e se tornam um criadouro natural. Limpe periodicamente o reservatório de água da geladeira (comum em modelos frost free), que também acumula água
  • Aposte em roupas de manga longa e calças: 

    Use roupas que cubram o máximo possível do corpo como calça e camisas de manga longa. Elas evitam o contato do mosquito com a pele. No verão aposte em tecidos leves
  • Use repelente como se não houvesse amanhã: 

    Passe repelente pelo menos três vezes ao dia em toda o corpo. Reponha sempre que molhar a pele ou se suar muito. Dê atenção especial às pernas e braços. Gestantes, consultem o obstetra para orientar sobre o melhor repelente!!!
  • Use telas em janelas: 

    Use telas nas janelas e evite deixar portas abertas de manhã e à tarde para evitar que os mosquitos entrem em casa
  • Mobilize os vizinhos: 

    Não adianta acabar com todos os possíveis criadouros da casa se o vizinho não faz o mesmo. Mobilize a vizinhança seja chamando para uma reuniãozinho, seja no boca-a-boca, para ter certeza que todos estão tomando os mesmos cuidados
Referências:

sábado, 10 de outubro de 2015

Gestação semana a semana: 1ª semana!

Dificilmente a mulher já sabe, mas está grávida!!! Antes mesmo que a falta de menstruação seja percebida, muita coisa já está acontecendo...

O que ocorre por dentro?

Após a fecundação, começa entrar em ação o HcG (Hormônio Gonadotrofina coriônica), o hormônio que detecta a gravidez pelo exame de sangue Beta HcG,  A secreção de hCG serve para estimular a produção de progesterona pelo corpo lúteo (glândula temporária que secreta progesterona para manter a gestação) na fase inicial da gravidez, sendo fundamental para o desenvolvimento do processo. No período em que as concentrações de hCG começam a diminuir, a placenta está suficientemente desenvolvida para produzir quantidade suficiente de progesterona, para manter o endométrio e permitir que a gestação continue.  
Também na primeira semana o ovo ou zigoto passa por um processo de várias divisões percorrendo a trompa de falópio até chegar no útero.


A primeira semana termina com o zigoto chegando ao útero para se implantar no endométrio.

O que ocorre por fora?

Por mais que se afirme que é difícil a mulher perceber que está grávida logo na primeira semana, várias mulheres afirmam sinais diferentes no seu corpo, algo estranho..
Os sintomas da gravidez na primeira semana são praticamente nulos, porém, algumas mulheres relatam sentir alguns sintomas, como inchaço e maior sensibilidade nos seios, com sensação de peso ou dor na palpação, cólicas, tontura, cansaço e fadiga excessiva, com sonolência maior que o habitual também podem ser observados.
Esses são alguns sinais e sintomas que podem acontecer, podendo aparecer outros ou até mesmo nenhum.

Fontes consultadas: 
Google imagens

Gestação semana a semana: Fecundação!

Muitas mulheres têm dúvidas sobre sua gestação, sobre o que acontece a cada semana que se passa... Então vou escrever sobre cada semana de gestação, explicando o que acontece com a mãe e bebê.

Vamos começar do inicio de tudo: A fecundação! 

A ovulação, ou seja, a liberação do óvulo pelo ovário, ocorre 14 dias antes da próxima menstruação. Em ciclos menstruais de 28 dias, ocorre na metade. Assim, após sua última menstruação, seu corpo já começa a se preparar para receber um novo óvulo que poderá ser fecundado.

O que é fecundação?

Fecundação é o nome dado ao evento no qual ocorre a união entre o gameta masculino e o feminino: espermatozoide e ovócito secundário, respectivamente. Ela ocorre geralmente na tuba uterina e em até trinta e seis horas após a ovulação.



Como ocorre a fecundação?

Em uma relação sexual, na ejaculação, o homem libera, juntamente com o esperma, cerca de 350 milhões de espermatozoides. Eles se direcionam da vagina para o útero, e dele para as trompas, buscando atingir o gameta feminino, que exerce forte atração química sobre eles. Durante o percurso, muitos ficam para trás, e somente um, ou um número um muito pequeno, consegue atingir o ovócito.



Quando o espermatozoide atinge o ovócito, ocorre a união de suas membranas, acontecendo assim, a fecundação com a união de 23 cromossomos do espermatózoide com 23 do ovócito, passando a formar um complemento normal de 46 cromossomos.




Sintomas da fecundação:


Os sintomas são muito sutis e frequentemente passam desapercebidos para a maioria das mulheres. Na maior parte dos casos, a mulher só percebe os sintomas de gravidez duas semanas após a fecundação. os mais comuns são cólica leve e corrimento tipo cor de rosa ou amarronzado. Esses sintomas são facilmente confundidos como sinal de menstruação, já que ocorre justamente na época em que a mulher deveria menstruar, se não estivesse grávida.

Para melhor entendimento, segue um vídeo de como acontece a fecundação:



Fontes consultadas:
Google imagens


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Projeto de lei 907/2015

Boa tarde gente!!!


      Vim apresentar o Projeto de Lei 907/2015 que foi desenvolvido para permitir a presença das doulas durante todo o período de trabalho de parto, parto é pós-parto, assim como nas consultas e exames pré-natal, caso seja o desejo da parturiente na cidade de João Pessoa. Nele Também fica determinado que a doula não poderá realizar procedimentos médicos ou clínicos, como o caso de aferição da pressão, avaliação da progressão do trabalho de parto, administração de medicamentos e outros procedimentos privativos dos profissionais da área de saúde, mesmo se possuir formação na área e mesmo que esteja legalmente apta à fazê-los.
     A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deverá comunicar às diretorias dos hospitais públicos e privados, aos sindicatos, associações, órgãos de classe dos médicos ou entidades similares de serviços de saúde o seu cumprimento e responsabilidades.
       A doula é um suporte a mais durante a gestação, parto e pós parto e evidências científicas demonstram os benefícios que as doulas podem trazer. Alguns estados já aprovaram essa lei e agora chegou a vez da nossa cidade se mobilizar e lutar por esse direito!!!
    É importante termos conhecimento dessas leis para cada vez mais exigirmos nossos direitos!!!
Só se pode dar escolha com informação!!!

#PelaAprovaçãoDaPl907

#EuQueroDoulaNoMeuParto
#HumanizaçãoJá

Segue abaixo o projeto completo e só clicar e se informar!!!


Projeto de Lei na íntegra!

sábado, 21 de março de 2015

Preparando o períneo para o parto!


   A mulher recebe a grande notícia: Está grávida!!! Aí ela começa a se cuidar, se alimentar melhor, mudar hábitos, fazer algum exercício físico e preparar o períneo. Certo? Errado! Pelo menos a preparação do períneo sim. Esta parte geralmente é ignorada pelas mulheres por diversos motivos...       Este é um assunto que todas as mulheres, não só gestantes, devem ler e entender. 98% das gestantes que conheço não sabem o que é o períneo, onde se localiza, para que serve... e 100% não tiveram alguma orientação de como prepará-lo para a gestação e para o parto.   
   É obvio que se a gestante não sabe e não tem orientação de sua GO ou da enfermeira do PSF de que é importante exercitar o períneo, ela não vai fazer. E isso irá refletir na duração do parto e provavelmente ocorrerá uma laceração bem maior OUU uma episiotomia! 
 Muitas mulheres só conhecem esse músculo em rodas de gestantes, quando começam o acompanhamento por doulas, fisioterapeutas ou quando pesquisam e descobrem. Na verdade, essa situação me preocupa e muito, pois é de responsabilidade maior de quem está acompanhando o pré-natal da gestante de informar, orientar e ensinar e esse processo não acontece, podendo acarretar grandes transtornos para a mulher.   Então, para tentar amenizar essa situação vou falar hoje tudo o que envolve o períneo para que você conheça e aprenda o que fazer para prepará-lo para o grande momento. 

Prontas para mais um aprendizado??? Vamos começar!!!   

   O períneo é um grupo muscular que fica na base da pelve. Estes músculos são responsáveis pela sustentação dos órgãos pélvicos (bexiga, útero, reto, uretra, vagina e ânus) e pela continência urinária e fecal; sendo também muito importantes para a sexualidade e reprodução. Ele é muito exigido durante a gravidez, por conta do sobrepeso. E no parto, já que o bebê passa através dele para nascer.

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   De acordo com a fisioterapeuta Miriam Zanetti, especialista em assoalho pélvico de São Paulo, o correto seria que todas as integrantes da ala feminina fortalecessem os tais músculos durante a vida inteira, independentemente da pretensão de engravidar. “As meninas deveriam aprender a fazer contrações perineais logo em sua primeira consulta ao ginecologista, para evitar problemas futuros, como a incontinência urinária”, justifica Miriam.  Esses movimentos,  batizados como exercícios de Kegel, fazem a manutenção dos músculos do assoalho pélvico, impedindo que eles enfraqueçam com o passar dos anos.   
   Fatores de risco como obesidade, prisão de ventre, atividades físicas de impacto, sobrepeso da gravidez e o parto podem enfraquecer essa musculatura. Durante a gestação, a musculatura do assoalho pélvico sofre um prolongado teste de resistência. Sustentando, além dos órgãos pélvicos, o bebê, o novo útero e todos os demais anexos embrionários (placenta, cordão umbilical, etc), o aumento de peso varia normalmente de 10 a quase 20 kg (sendo o ideal 11 kg). Neste período, uma musculatura forte oferece maior apoio ao útero, reduzindo a pressão sobre a bexiga e diminuindo as dores lombares, tão comuns às gestantes, especialmente nos últimos meses.  
   O parto é o maior teste de força, resistência e elasticidade para todo o assoalho pélvico, especialmente para a musculatura. Um períneo preparado permite uma recuperação melhor e muito mais rápida.   O trabalho de parto, independentemente de vaginal ou cesáreo, é o maior responsável por lesões do assoalho pélvico que levam a incontinência urinária ou fecal: praticamente todas as mulheres com filhos, após os 50 anos de idade, apresentam algum grau de fraqueza da musculatura do assoalho pélvico. Quando a musculatura está fraca os ligamentos são lesionados e falham em sua função de sustentação. Então os órgãos saem de sua posição natural (descem), ocasionando problemas como os prolapsos genitais e a incontinência urinária, comuns em mulheres em todas as faixas etárias. No entanto, estes problemas são muito mais comuns em mulheres com um ou mais partos.   Por isso, há uma necessidade de constante fortalecimento desse conjunto de músculos para evitar que lesões ocorram, principalmente durante o parto.  

E como preparar o períneo durante a gestação??   
   Existem duas maneiras de preparar a região perineal. A primeira é o fortalecimento, realizado por meio de exercícios de Kegel, Pilates ou Ioga e que deve ser praticado durante toda a gravidez. A outra é o aumento da elasticidade, obtido com a massagem perineal, que pode ser aplicada  após a 32ª semana de gestação - ou por meio do uso de um aparelho dilatador vaginal, normalmente liberado pelo médico na 35ª semana.

Exercício de Kegel:   
   Devem ser realizados ao longo de toda a vida e estão liberados durante a gestação inteira. Serve para fortalecer a musculatura do períneo.Como fazer: contraia a vagina e o ânus, como se estivesse puxando-os para dentro e para cima do seu corpo, sem usar outros músculos (como os do abdômen e das pernas) e sem prender a respiração. Mantenha a musculatura contraída o máximo que puder. Em seguida, vá relaxando, devagar.Ao voltar à posição inicial, empurre os músculos para fora e, então relaxe.Se estiver com dificuldades de reconhecer a musculatura que deve ser contraída, faça o exercício de interromper o fluxo da urina, quando estiver no banheiro. Estes são os músculos que serão exercitados.    Para que seja eficaz, devem ser feitas 3 séries de, pelo menos, 50 repetições cada, no decorrer do dia. Dá até para praticar enquanto estiver digitando no computador, sentada no carro e vendo televisão, por exemplo.

Massagem perineal:   
   Deve ser feita a partir da 32ª semana de gravidez pela gestante ou por seu companheiro o que, aliás, pode ser muito prazeroso e de grande ajuda, já que o tamanho da barriga costuma atrapalhar na hora de fazer sozinha. Serve para aumentar a elasticidade da musculatura.Como fazer: lave bem as mãos, com água e sabão, e encontre uma posição confortável.  A melhor posição para a realização da massagem perineal é a chamada posição ginecológica (a mesma do consultório do ginecologista: deitada da maneira mais confortável possível, pernas afastadas e pés apoiados). Outras posições alternativas são a sentada ou, em último caso, em pé com as pernas afastadas, como na auto-massagem realizada pela própria mulher, por exemplo, durante o banho. Se realizar automassagem é mais fácil utilizar o polegar. Para o companheiro, o mais provável é ser o indicador ou o anelar. Passe algum lubrificante nos dedos antes de começar, os mais utilizados são o óleo de rosa de mosqueta, o óleo de amêndoas doce e o azeite de oliveira. Introduza os dedos na vagina 3-4 cm; Faça pressão para baixo e deslize o dedo pela parede inferior; Mantenha a pressão e sinta a musculatura sendo estendida; Deslize, subindo pelas laterais e fazendo a forma de um U; Finalize com movimentos circulares. Aumente a intensidade gradualmente, para evitar que se machuque. 
   Apenas 10 minutos por dia da massagem já são suficientes para garantir uma elasticidade adequada para o parto.

Dicas: fazer compressas com toalhas mornas no períneo, por 10 minutos, ou tomar um banho quente antes da massagem ajudam a relaxar ainda mais.Evite mexer no orifício da uretra evitar infecções urinárias.

Epi-no:   Trata-se de uma pequena pera de látex que deve ser introduzida na vagina e insuflada até o limite que a gestante suportar. Depois, é só retirá-la devagarinho. De acordo com Miriam Zanetti, o dispositivo pode ser usado diariamente, a partir da 34ª semana de gestação. Apenas alguns minutinhos por dia já são suficientes para alongar a musculatura. Segundo Catia Chuba, mulheres que usam o Epi-no chegam a ter 5 vezes menos riscos de apresentar laceração no períneo durante o parto.  

ATENÇÃO: A realização desses exercícios e o uso do Epi-no requer orientação profissional para que você compreenda melhor como devem ser feitos!!! 

E no pós-parto? O que a mulher pode fazer?   
   Depois que o bebê nasce, os cuidados com o períneo devem ser retomados. Os exercícios de Kegel ajudarão a musculatura a recuperar sua firmeza. Você poderá recomeçar os movimentos cerca de uma semana após o parto normal e, no caso de ter sido submetida a alguma sutura, assim que os pontos caírem. O dilatador também pode ser  bom nessa fase.   As recomendações são igualmente válidas para quem fez cesárea, por conta de todo o peso que o assoalho pélvico precisou sustentar durante os nove meses. Nessas situações, a mulher deve esperar pelo menos 15 dias e só começar a praticar quando não sentir mais desconforto por conta do corte da cirurgia. Mas, sempre com orientação médica.   A obstetra Catia Chuba, de São Paulo, confirma os benefícios do preparo da região perineal para a hora do parto. “Os cuidados com o períneo durante a gravidez facilitam a passagem do bebê pelo canal vaginal, prevenindo a necessidade de uma episotomia”, garante a médica. E aí? Vamos cuidar do nosso períneo??

Fontes consultadas:

sábado, 14 de março de 2015

Episiotomia: Pelo fim dessa mutilação!!!

"... Mas esse "cortezinho" num tem que fazer não?"

   Começo esse post com essa pergunta acima que foi feita à mim por uma gestante em uma roda de gestantes, onde falávamos sobre as condutas desnecessárias no trabalho de parto e parto. Quando cheguei na parte da episiotomia me deparei com duas situações:
1ª: NENHUMA das mulheres ali presente sabiam o que significava a palavra EPISIOTOMIA!
2ª: A maioria achavam que a episiotomia SEMPRE tinha que ser feita!
    Bem, diante dessas situações pude chegar a conclusão de que a falta de informação e conhecimento ainda predomina dentre as gestantes, o que faz com que esse grupo seja extremamente vulnerável aos mais variáveis tipos de violência obstétrica, sendo a episiotomia uma das mais comum.
   Vamos falar sobre essa prática, que já foi até citada em outro post Violência Obstétrica: Marcas que fica para sempre! e entender o por quê dela ser considerada uma violência contra  mulher!

    Vamos ao que interessa...

   A episiotomia é um corte que se faz entre a vagina e o ânus da mulher para "facilitar" a saída do bebê durante o parto.
   É um procedimento cirúrgico que consiste em fazer uma incisão na pele, gordura e músculo da parturiente, bem na hora em que a cabeça do bebê está nascendo, após realização de anestesia local, OU não! É isso mesmo, as vezes a episiotomia é feita "no cru". A Episiotomia é feita em direção à coxa ou ânus da mulher. Geralmente utiliza-se um bisturi para fazer a incisão inicial, e depois aumenta-se essa incisão com uma tesoura cirúrgica.
   O músculo cortado chama-se períneo, responsável por sustentar os órgãos abdominais, garantir mais prazer no sexo e diminuir dores nas contrações. Após o corte, é necessário fazer uma sutura (costura) da área lesada, esse procedimento chama-se episiorrafia. O tamanho desse corte é variável, depende do profissional que o faz. A média é em torno de 10 pontos, mas já houve relatos de 35 pontos na episiorrafia!!! Uma total aberração!!!
   


   Durante muitos anos, acreditou-se que a episiotomia fosse imprescindível para preservar a musculatura perineal da mulher. Hoje já se sabe que não é o caso: pesquisas já apontaram que a episiotomia não melhora os resultados perinatais, não facilita a cicatrização da área e não preserva a musculatura perineal. Além disso, não existem indicações precisas de quando essa intervenção deveria ser usada. Na verdade, a Episiotomia é uma intervenção desnecessária, que é geralmente feita apenas por hábito do médico.
     Por isso, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de restringir o uso da técnica para que as taxas não ultrapassem os 10%. Por aqui, ela ainda é feita rotineiramente e se soma a outros procedimentos que colocam o Brasil numa posição desconfortável diante do que é preconizado pela OMS como boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento, como a incidência altíssima de cesarianas (88% na rede privada, 46% na rede pública e média nacional de 52%, frente a uma recomendação de 15%) e o percentual de apenas 5% de parto natural (ou seja, sem nenhuma intervenção). A pesquisa ‘Nascer no Brasil’, divulgada em junho do ano passado, revelou que 53,5% das mulheres que têm seus bebês via vaginal são submetidas à episiotomia. Ou seja, “quando não se corta por cima, se corta por baixo”.
   As "indicações" relatadas por alguns médicos são:  mulheres com rigidez no períneo, parto pélvico (quando o bebê está sentado), sofrimento fetal e macrossomia (excesso de peso do bebê) ou, ainda, em parto de prematuros – já que a cabeça ainda não está completamente formada, a ampliação cirúrgica ajuda a evita hemorragias cranianas. Estes casos representam 10% dos partos normais, de acordo com a OMS. Porém, essas supostas indicações não tem nenhum respaldo científico, as complicações superaram qualquer benefício que pudesse existir. Existem estratégias para deixar a musculatura mais elástica e facilitar o parto normal, como massagem e pompoarismo. Até exercícios físicos mais leves, como caminhada, ajudam (será assunto do próximo post).
   A OMS não indica em quais situações a episiotomia dever ser feita. Melania Amorim (obstetra) é categórica: “não há benefício nenhum no procedimento e nenhuma das indicações alegadas por quem faz têm respaldo científico”. Há 12 anos, a taxa da especialista é zero e ela, que é professora do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), hospital-escola da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), sequer ensina a técnica aos alunos.
   Na verdade o que existem são médicos que foram treinados para isso e usam a desculpa de quer suturar uma episio é melhor do que uma laceração, em outras palavras, é mais cômodo para ele!
  Uma Epísio não impede de haver laceração natural, não diminui significativamente o tempo do expulsivo, não impede sequelas na musculatura do assoalho pélvico e ainda acaba aumentando a perda de sangue durante o parto!
   As consequências podem ser drásticas: quando os pontos não são feitos corretamente, há risco de fibrose, dor prolongada, dificuldade de cicatrização e perda da sensibilidade na região. Alguns estudos da Biblioteca de Cochrane (ONG mundial que revisa publicações da medicina) mostram que a episiotomia pode trazer complicações graves, como laceração e frouxidão na região perineal, que, por sua vez, levam a problemas intestinais ou, até mesmo, na contenção de órgãos como o intestino. 
   A Episiotomia é, muitas vezes, a parte mais traumatizante do parto. Todas as mulheres, sem excessão, temem passar por isso (algumas mulheres têm tanto medo que preferem optar por fazer uma cesariana só para escapar da Epísio). As que são submetidas ao procedimento muitas vezes relatam sensações extremamente desagradáveis, como a sensação de ter sido abusada ou mutilada. Efetivamente, por não haver indicação precisa e ser feita apenas por costume, a Episiotomia poderia ser considerada uma mutilação genital. Na maioria das vezes a Episiotomia é feita sem o consentimento da mulher, o que faz com que seja um procedimento extremamente violento e doloroso, tanto física quanto psicologicamente.

Foto projeto 1:4 Retratos da violência obstétrica


     Diante de tudo o que foi exposto aqui, podemos ver que a episiotomia é uma grave violência obstétrica, onde centenas de mulheres são mutiladas todos os dias sem nem sequer o por quê e para quê!!! Existem diversos relatos na internet de mulheres que sofreram esse tipo de abuso, onde as consequências mais relatadas são a dispaurenia (dor durante relação sexual), não conseguir sentar, dor prolongada, perda de sensibilidade.
     Sempre que participo de grupos de gestantes ou quando estou acompanhando alguma mulher como doula, pergunto se ela teve ou está tendo alguma preparação do períneo para o parto. 100% dizem que não!!! Isso se torna fator prejudicial para a mulher que quer ter seu filho de forma natural. Então, é preciso inserir essa prática nas consultas de pré-natal para que não só a episiotomia seja evitada, mas que grandes lacerações também sejam evitadas. Esta informação e preparo deve vir antes, na hora do parto não dá mais! Existem vários exercícios, simples, que a mulher pode fazer até mesmo em casa, desde que tenha prévia orientação de um profissional, e de baixo custo que vão ajudar a dar elasticidade ao períneo e a toda a musculatura que será importante na hora do parto. 
   Nós, mulheres, é que temos que dizer: chega! Precisamos nos informar e denunciar para que essa prática seja abolida. Não seja mais uma vítima do sistema!!!

Fontes consultadas:


RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 368

    No dia 6 de Janeiro de 2015, foi publicado no diário oficial, a mais nova resolução da ANS (Agência Nacional de Saúde) que dispõe sobre o direito das parturientes beneficiárias de planos de saúde ao acesso à informação dos percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais, por operadora, por estabelecimento de saúde e por médico e sobre a utilização do partograma, do cartão da gestante, e da carta de informação à gestante no âmbito da saúde suplementar.
     Esta resolução é um grande avanço na luta em favor da humanização do parto e nascimento, pois visa diminuir as cesáreas desnecessárias que são realizadas constatementes no nosso País
Segue o link da normativa para que vc entenda melhor seus objetivos. não deixe de ler!!!

chega de desneCesárea!!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Parto Humanizado!!! #PapoDeCegonha

Boa noite gente!!!

A TV Assembléia da Paraíba está com um programa lindíssimo, o Papo de Cegonha!!! A estreia foi com o tema Parto Humanizado falando sobre parto, doula e eu não podia deixar de compartilhar com vcs!!!

É só clicar para assistir!!



Gestação semana a semana! 6ª semana

    A cada semana os sinais da gestação vão ficando mais óbvios. O aumento das náuseas e até as roupas um pouco mais apertadas na cin...