sexta-feira, 20 de junho de 2014

Parto Normal Após Cesárea! É possível???



    Aproveitando a notícia do dia que fala sobre o nascimento do filho da cantora Wanessa Camargo de parto normal após cesárea, vamos falar um pouco sobre o VBAC e sanar algumas dúvidas!!!


    Por que o parto de Wanessa virou notícia e deixou todas as ativistas do parto normal alegres??
   Bem! VBAC é uma sigla em inglês que significa Vaginal Birth After Cesarean, ou parto vaginal após cesárea. O que ocorre é o seguinte: Os médicos alegam que uma mulher que já teve cesárea, principalmente com menos de dois anos, não pode parir pois pode romper o útero. Ou seja, uma vez cesárea, sempre cesárea!!! 
   Massss, na prática estamos tendo a comprovação de que parto normal após cesárea É POSSÍVEL SIM!!!
    Vamos para o que falam os relatos históricos e as pesquisas:

  Em 1916, um autor chamado Edwin Craigin terminou um artigo no qual ele advertia sobre as cesarianas desnecessárias, conclamando os colegas a evitar uma primeira cesárea (que ele chamou de "cirurgia obstétrica radical), com uma frase que se tornou famosa: "once a cesarean, always a cesarean" (uma vez cesárea, sempre cesárea" (1). Apesar de o próprio Craigin ter elencado uma série de exceções para essa regra, como o caso de uma paciente sua que teve três partos vaginais depois de uma cesárea (fato notável, uma vez que na época a incisão uterina padrão era corporal), a frase acabou se disseminando no meio obstétrico como um axioma indicando a OBRIGATORIEDADE DE SE REPETIR A EXTRAÇÃO FETAL POR CESÁREA DEPOIS DE UMA PRIMEIRA CESÁREA. No entanto, a própria disseminação da "cirurgia obstétrica radical", que em 1916 ainda era muito rara, tornou relativamente comuns as gestações depois de uma cesárea, e da mesma forma começaram a ser publicados os relatos de Parto Vaginal Após Cesárea (PVAC), ou Vaginal Birth After Cesarean (VBAC).
  De acordo com o National Institutes of Health (NIH), desde 1996, cerca de um terço dos hospitais e metade dos médicos pararam de prestar cuidados para VBAC. Em 1996, a taxa de VBAC em os EUA foi de 28%. Hoje é menos de 10%. Um relatório sobre as tendências da casa parto vaginal após uma cesariana indica que a recusa de acesso aos cuidados de VBAC levou um número crescente de mulheres a lutar por um VBAC em casa.
   Os riscos de complicações graves de um VBAC são menos de 1%. A razão dada por médicos e instituições de negar assistência médica para essas gestantes não têm nenhum fundamento na ciência. Negar atendimento para VBAC também apresenta um claro conflito de interesses para os fornecedores e instituições que querem se proteger de um possível processo por imperícia médica, uma explicação frequente dado a negar atendimento.
   Para as mulheres de baixo risco, os riscos de se ter um VBAC são as mesmas que para qualquer outra mulher que dá à luz pela primeira vez!!!
   O risco é a possibilidade de uma ruptura uterina, a separação da cicatriz uterina da cesariana anterior. É uma emergência médica grave que ocorre em menos de 1% dos partos vaginais após cesárea e requer uma cesariana de imediato. Hospitais que negam às mulheres a opção de parir após uma cesariana dizem que não podem fornecer uma "imediata" cesariana de emergência, como recomendado no Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) diretrizes para VBAC. Mas, os Institutos Nacionais de Saúde concluíram que não há nenhuma evidência para apoiar as recomendações de segurança seletivas do ACOG para VBAC. A recomendação "imediatamente disponível" foi baseado no consenso e na opinião de especialistas, em vez de um forte apoio de evidência de alta qualidade. Dezenas de organizações de cuidados de maternidade e os indivíduos também se opôs às diretrizes restritivas.
    As mulheres que dão à luz pela primeira vez também estão em risco de complicações imprevisíveis que requerem uma cesariana de emergência. O NIH encorajou os líderes em cuidados de maternidade e as companhias de seguros a trabalhar juntos para mudar o status e dar para mais mulheres acesso a cuidados médicos para aquelas que querem  um VBAC. ACOG e a Sociedade de Medicina Materno-Fetal admitiu recentemente  que muitas cesarianas estão sendo realizados expondo mães e bebês a danos evitáveis ​​sem melhores resultados. 
Os médicos têm a obrigação de fornecer as mulheres com uma cesariana prévia informações sobre os benefícios e riscos tanto para repetição cesariana e para um VBAC. As mulheres têm o direito a um consentimento informado ou recusa informada de qualquer opções com base nas informações precisas fornecidas.

Mulheres grávidas têm o direito fundamental de escolher como, onde e com quem elas querem dar à luz!!!


Olha aí mamães, futuras mamães e demais leitores o que acharam do assunto? Para as mães que já tiveram um VBAC, compartilhem seus depoimentos conosco!!!

Referências:

http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/estudando-vbac-1-experiencias-de-vba3c.html
http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/06/19/nasce-de-parto-normal-segundo-filho-de-wanessa-camargo/
http://www.vbac.com/










2 comentários:

  1. Oi Thayana... Eu tive um parto normal há 11 anos atrás, eu tinha 14 anos na época e sofri epsio,manobra de kristeller, indução com ocitocina ou seja,tudo e por fim,resultou em uma hemorragia, onde tive a necessidade de receber transfusão de sangue (3 bolsas)... 4 anos depois engravidei e pedi uma cesárea por medo de morrer! Foi tudo lindo,sem dor,recuperação ótima... hoje,7 anos após a cesárea,estou grávida novamente e a médica já adiantou que posso ter um parto normal! Fiquei feliz,pois é tudo o que eu quero,mas terei pelo SUS e confesso que estou morrendo de medo de acontecer de novo! Por mim teria em casa,pra não sofrer violência obstétrica mais uma vez!!! Queria saber se corro o risco de ter esses problemas de novo! Eu quase morri, estou com medo,porém cesárea não está nos meus planos! Já tenho em mente,msm que sozinha, praticar todos os exercícios pra ajudar meu bebê na hora do parto e dessa vez ninguém vai montar em cima de mim, nem me cortar ou induzir o parto... Desculpa o texto... Abraços

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  2. Oi Thayana... Eu tive um parto normal há 11 anos atrás, eu tinha 14 anos na época e sofri epsio,manobra de kristeller, indução com ocitocina ou seja,tudo e por fim,resultou em uma hemorragia, onde tive a necessidade de receber transfusão de sangue (3 bolsas)... 4 anos depois engravidei e pedi uma cesárea por medo de morrer! Foi tudo lindo,sem dor,recuperação ótima... hoje,7 anos após a cesárea,estou grávida novamente e a médica já adiantou que posso ter um parto normal! Fiquei feliz,pois é tudo o que eu quero,mas terei pelo SUS e confesso que estou morrendo de medo de acontecer de novo! Por mim teria em casa,pra não sofrer violência obstétrica mais uma vez!!! Queria saber se corro o risco de ter esses problemas de novo! Eu quase morri, estou com medo,porém cesárea não está nos meus planos! Já tenho em mente,msm que sozinha, praticar todos os exercícios pra ajudar meu bebê na hora do parto e dessa vez ninguém vai montar em cima de mim, nem me cortar ou induzir o parto... Desculpa o texto... Abraços

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