O humanismo tem como princípio não seguir o modelo convencional, elevando a mulher a sujeito, dando-lhe direito a escolhas, valorizando a participação da família e procurando incentivar máximo a participação ativa do acompanhante na hora do parto. A gestação e o parto são processos que geralmente transcorrem sem complicações. Em vista disso, é necessário que o profissional de saúde tenha uma visão crítica, evitando intervenções desnecessárias e potencialmente iatrogênicas.
Humanizar significa respeitar a individualidade da mulher!!!
De acordo com Diniz e Chacham, "a assistência mais efetiva seria, portanto, centrada nas necessidades das parturientes, em vez de organizada segundo as necessidades de instituições e dos profissionais."
O modelo de assistência obstétrica que encontramos,hoje, no Brasil, é caracterizado por um alto grau de medicalização e pelo uso abusivo de procedimentos invasivos. A humanização do parto viria como forma de garantir uma assistência baseada na evidência científica e na segurança, e não na conveniência de instituições ou profissionais. Concordando com Prado, humanizar o nascimento é adequá-lo a cada mãe, a cada pai, ou
seja, à família envolvida em cada nascimento. A técnica não pode tornar-se mais importante do que as pessoas envolvidas. O parto deve voltar a ser visto como um processo fisiológico natural e feminino.
Destaca-se a importância do profissional de saúde na assistência ao pré-natal, parto e puerpério, de forma a instrumentalizar a gestante, tornando-a sujeito ativo em todos os acontecimentos relacionados ao parto.
Humanizar o parto não significa fazer ou não o parto normal, realizar ou não procedimentos intervencionistas, mas sim tornar a mulher protagonista desse evento e não mera espectadora, dando-lhe liberdade de escolha nos processos decisórios.
Portanto, a assistência deve ser de forma a respeitar a dignidade das mulheres, sua autonomia e seu controle, garantindo a criação de laços familiares mais fortes e conseqüentemente um começo de vida com boas condições físicas e emocionais ao bebê. Entretanto, vemos que na prática ninguém empodera ninguém.
Referências:
SEIBERT, S.L.; BARBOSA, J.L.S.; SANTOS, J.M.; VARGENS, O.M.C. Medicalização X Humanização: O cuidado ao parto na história. R. Enferm. UERJ.V. 13, 2005.
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