quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Entendendo a microcefalia!!!

Diante do surto de microcefalia que estamos vivendo, vim falar um pouco sobre esta alteração e sua relação com o zica vírus!!!


O que é a microcefalia?
A microcefalia é uma condição em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental. Geralmente, a microcefalia está presente quando o tamanho da cabeça de uma criança com um ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isto ocorre porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça normalmente.

O que pode causar a microcefalia?

A Microcefalia pode ser de causa primária ou genética que refere-se a um grupo de distúrbios que geralmente não tem outras malformações ou está associada a algumas síndromes genéticas específicas, tais como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards, Síndrome de Cri-duchat, entre outras. O crescimento do cérebro é lento e o peso do cérebro adulto não passa de 500 a 800 gramas, sendo que o peso normal é de 1.200 a 1.500 gramas. também pode estar associada a causas secundárias ou não-genéticas (Microcefalia por Cranioestenose), resultantes de um grande número de agentes nocivos que atingem o feto intra-útero, principalmente acometendo a mãe no primeiro trimestre de gestação. Pode-se citar como exemplos as seguintes condições: uso de drogas (medicamentos e álcool), desnutrição materna, infecções (rubéola, toxoplasmose, varicela), insuficiência placentária e exposição à radiação. É caracterizada pela fusão prematura das suturas cranianas ocorrendo antes de encerrar o crescimento cerebral, impedindo expansão e deformando a caixa craniana. Além disso, nos momentos em que se tem o processo mais rápido de crescimento cerebral, ou seja, durante o período pós-parto indo até os dois primeiros anos de vida, a microcefalia pode ocorrer devido aos seguintes fatores como hipóxia grave, traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular cerebral e distúrbios degenerativos do sistema nervoso central.

Como diagnosticar a microcefalia?

O diagnóstico pode ser feito durante a gestação, através da ultrassom, e pode ser confirmado logo após o parto através da medição do tamanho da cabeça do bebê.  Ao nascer o perímetro cefálico varia de 33 a 37 cm, com média de 35 cm. Exames como tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas possíveis consequências para o desenvolvimento do bebê.

Existe tratamento para microcefalia?

O tratamento da microcefalia não cura a doença, porém ajuda a reduzir as consequências no desenvolvimento mental da criança.Uma das possibilidade de tratamento é fazer uma cirurgia para separar ligeiramente os ossos do crânio, nos 2 primeiros meses de vida, para evitar a compressão do cérebro que impede seu crescimento.
Em geral, não há tratamento específico para microcefalia. O tratamento é sintomático e de suporte. É importante que as anomalias congênitas associadas sejam identificadas e ainda é de vital importância que se determine a causa específica desta desordem.
Realizando os seguintes procedimentos é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes: 
  • Procedimentos fisioterapêuticos
  • Medicamentos indicados para cada caso (ex: anticonvulsivante)
  • Cuidados com patologias associadas
  • Dieta adequada
  • Aconselhamento genético aos pais.

Quais as consequências da microcefalia?

As crianças com microcefalia podem ter graves consequências como:
  • Atraso mental;
  • Déficit intelectual;
  • Paralisia;
  • Convulsões;
  • Epilepsia;
  • Autismo;
  • Rigidez dos músculos.
Qual a relação do vírus da Zika com a microcefalia?

Assim como o vírus da dengue, o zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e não tem cura ou vacina identificada até o momento. A relação entre o zika vírus e a má-formação genética ganhou força porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da infecção durante a gravidez e carregam bebês com microcefalia confirmada. Por se tratar de uma infecção viral, pode atravessar a barreira placentária como aconteceu com essas gestantes já confirmadas. A correlação entre a microcefalia e a zika é quase certa, mas ainda não se pode dar certeza.
É a primeira vez no mundo que essa hipótese é levantada, não havendo estudos confirmados, por isso a investigação está sendo minuciosa!!!
O Ministério da Saúde orienta que grávidas ou mulheres que pretendem engravidar tenham “cuidado redobrado” para evitar infecções virais.
As grávidas devem evitar contato com infecções, de qualquer tipo. Havendo qualquer suspeita, que se evite o contato com pacientes infectados e com os mosquitos transmissores de dengue e zika. 
Até o momento, não há nenhum tipo de tratamento disponível para a fase aguda da infecção por zika vírus, que dura cerca de três dias. Os principais sintomas são febre baixa e manchas pelo corpo (exantema). Caso a relação do vírus com a anomalia na gravidez seja confirmada, o ministério afirma que vai “trabalhar ainda mais na prevenção e no combate ao mosquito transmissor”.

O maior risco para a gestante e seu bebê se dá nos 3 primeiros meses de gestação, onde o feto está em formação inicial! A decisão de engravidar neste momento deve levar em conta a vontade da mulher e do casal e a situação do vírus no país, segundo os especialistas. O controle de risco deve ser feito de forma individual e, se a mulher engravidar, tem que fazer as medidas de proteção até mesmo nas áreas de surto. 


Como evitar o zika vírus?
Enquanto é investigado, é nossa obrigação, enquanto sociedade, que façamos a nossa parte e cuidemos dos nossos quintais, jardins, psicinas, pneus..enfim..aquela velha história que há alguns anos já é propagada. Se não fizermos a nossa parte, como não estamos fazendo, o mosquito não será combatido nunca!!!
Segue abaixo algumas dicas para evitar o vírus e consequentemente a contaminação:
  • Evite a proliferação do mosquito em casa: 

    Retire o excesso de água dos vasos com plantas e evite acumular garrafas, copos e pneus no quintal. Esses objetos facilmente acumulam água da chuva e se tornam um criadouro natural. Limpe periodicamente o reservatório de água da geladeira (comum em modelos frost free), que também acumula água
  • Aposte em roupas de manga longa e calças: 

    Use roupas que cubram o máximo possível do corpo como calça e camisas de manga longa. Elas evitam o contato do mosquito com a pele. No verão aposte em tecidos leves
  • Use repelente como se não houvesse amanhã: 

    Passe repelente pelo menos três vezes ao dia em toda o corpo. Reponha sempre que molhar a pele ou se suar muito. Dê atenção especial às pernas e braços. Gestantes, consultem o obstetra para orientar sobre o melhor repelente!!!
  • Use telas em janelas: 

    Use telas nas janelas e evite deixar portas abertas de manhã e à tarde para evitar que os mosquitos entrem em casa
  • Mobilize os vizinhos: 

    Não adianta acabar com todos os possíveis criadouros da casa se o vizinho não faz o mesmo. Mobilize a vizinhança seja chamando para uma reuniãozinho, seja no boca-a-boca, para ter certeza que todos estão tomando os mesmos cuidados
Referências:

Gestação semana a semana! 6ª semana

    A cada semana os sinais da gestação vão ficando mais óbvios. O aumento das náuseas e até as roupas um pouco mais apertadas na cin...